Versão Pacence:
Aguenta Coração
Faltavam cerca de dez minutos para as 18 horas da tarde. Na mata real, os adeptos castores gritavam alto o nome do seu clube, na tentativa de incentivar os seus jogadores. No relvado, o Paços sufocava o Estrela. E eis que, num final digno de um filme de Hitchcock, Didi fez o 2-1, já em periodo de compensação. o delirio instalou-se. O Paços vencia o Estrela na mata real, mesmo em cima do apito final. Num jogo fulcral para as aspirações pacenses, a mata real acolheu a equipa do estrela da amadora como adversários dos castores.
Uma boa casa esperava as equipas. A primeira parte foi muito muito fraca, embora, para muito tenha contribuído a prestação da equipa do estrela que se limitava a defender. O Paços aproximava-se da baliza de Bruno Vale mas não conseguia bater o guardião amadorista que se revelou o melhor em campo por parte dos visitantes. Um bom exemplo disso foi o lance de Edson que a 2 minutos do final da primeira parte só com Bruno Vale pela frente, falhou o 1-0. A segunda parte começou com a mesma toada da primeira, ou seja, o Paços a dominar o Estrela. Mas foi o Estrela quem inaugurou o marcador. Aproveitando a passividade da defensiva pacense, N'Daye apos cruzamento de Tony fez o 0-1 aos 59 minutos. Os adeptos de paços viam o remoinho da segunda liga sugar o paços, mas a verdade é que o Paços escapou. Primeiro junior bahia aos 76 e depois Didi aos 93 colocaram em delirio os castores e permitiram que se respirasse melhor para os lados da mata real.
Versão Estrelista:
Mais uma derrota em Paços de Ferreira, nunca o Estrela pontuou lá e este fim de semana não foi diferente.
A única coisa diferente é que só perdemos já para lá da hora e com bastante luta, coisa que não é habitual quando lá vamos.
Para este jogo a equipa escalada era uma equipa de contenção em busca do golo em contra-ataque, o que veio a suceder.
Veio a suceder uma onda de lesões ingrata, mais uma, o pior é que desta vez foi no decorrer do jogo. Manu e N’Daye forçaram a alterações tácticas.
A supremacia da equipa da casa foi uma constante e nem o golo marcado pelo Estrela, no início da 2.ª parte, quebrou este sentido. O Estrela adiantou-se no marcador mas não aguentou a pressão.Manu lesionou-se ainda na primeira parte. Como se tal não bastasse, N’Daye que tinha entrado a suplente e que tinha marcado o golo, lesionou-se, precisamente quando o Paços acentuava a sua pressão.
Um domínio que chegou a ser avassalador depois do golo do senegalês que entrou de carrinho a um cruzamento rasteiro de Tony.
Um golo que premiou o futebol mais “certo” Estrela, que mesmo assim vira Bruno Vale roubar, com uma boa estirada, um golo a Pedrinha e também Edson a fazer uma entrega, quando estava isolado.
Os minutos finais foram absolutamente empolgantes. Intensividade e intencionalidade dos dois lados. Ao Paços só servia a vitória e balanceou-se completamente ao ataque. Com sorte e azelihesse tricolor que tem um ponta de lança chamado Bevacqua conseguiu aguentar sem sofrer um golo nestes instantes em que as oportunidades perdidas para os dois lados foram escandalosas.
Didi aproveita o facto de Bruno Vale estar no chão em dificuldades e quase marca e, a seguir, Júnior Bahia vê a bola cair no seu pé, já na área, mas atira por alto. Falta de fair-play pacense que redundou em desaguisado já depois do jogo, onde Emerson acabou expulso.
Quando já parecia impossível, Júnior Bahia cruzou para a área e Didi marcou.
Estava feita semi-justiça o marcador, mas foi premiado que logrou nunca esmorecer e procurou a qualquer preço marcar e ganhar mesmo que para isso desguarneça em demasia a defesa e conte com a falta de eficácea alheia.
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