sexta-feira, novembro 24, 2006

Memória Atacante XLIII


A 6 de Junho de 2005 a Daniela continuava com a sua fantástica apresentação das 8 selecções participantes no Europeu Feminino de 2005.
Desta vez apresentou-nos a selecção Italiana!


Itália - Uma aposta ganha




Como se Qualificou



Apesar de ter começado a fase de qualificação para o UEFA WOMEN'S EURO 2005 de forma brilhante, com uma vitória por 8-0 sobre a Sérvia e Montenegro, a Itália perdeu o jogo seguinte com a Suécia, por 5-0, o que relegou a equipa Italiana para o segundo lugar do Grupo 1, forçando-a a disputar pela primeira vez um "play-off".
As italianas começaram bem, goleando em Trento a Sérvia e Montenegro, em Março de 2003, num jogo em que Patrizia Panico e Rita Guarino marcaram dois golos cada uma. O optimismo inicial desfez-se na Suécia, onde a equipa de Morace foi goleada dois meses depois, mostrando-se incapaz de travar Hanna Ljungberg e Victoria Svensson, autoras de três e dois golos, respectivamente.
A Itália empatou a um golo na Finlândia, no jogo seguinte, mas voltou às vitórias na deslocação à Suíça, onde sofreu para ganhar por 1-0, graças a um golo de Panico. Os jogos seguintes terminaram em empates, a um golo com a finlandesas e a zero com as suíças.
A seguir, a selecção transalpina conseguiu uma vitória crucial na recepção à Suécia, por 2-1, num jogo em que Chiara Gazzoli e, de novo, Panico marcaram. Os três pontos conquistados não foram suficientes para chegar ao primeiro lugar do grupo, mas o triunfo seguinte na viagem até à Sérvia e Montenegro assegurou o acesso ao "play-off".
A Itália teve de defrontar a República Checa, segunda classificada do Grupo 4, no "play-off", e conseguiu uma curta vantagem no jogo em casa, ganhando por 2-1. Tatiani Zorri e Alessia Tuttino asseguraram a vitória, mas o golo na segunda parte de Pavlina Scasna deu esperança às checas. Na segunda mão, as italianas não deram hipóteses, vencendo por 3-0, com golos de Ilaria Pasqui, Panico e Elisa Camporese, e assegurando um triunfo agregado por 5-1 que garantiu a presença na fase final em Inglaterra.

Historial da Selecção Italiana



Após ter sido finalista vencida nos Europeus femininos de 1993 e de 1997, a Itália tem a esperança de melhorar e conquistar pela primeira vez um título internacional feminino. Na verdade, as “Azzurre” evoluíram imenso desde a formação, em 1968, da FIFGC (Federação Italiana de Futebol Feminino) e da consequente filiação na entidade federativa, quatro anos mais tarde.
A Itália atingiu sempre os quartos-de-final do Europeu de futebol feminino e também no seu antecessor, a Competição Europeia de Futebol Feminino. Em Itália, há agora cerca de 500 clubes, com mais de 13 mil jogadoras - com uma média de idades inferior a 23 anos.
Após terem acolhido campeonatos europeus não-oficiais em 1969 e em 1979, tendo ganho o primeiro e perdido o segundo na final com a Dinamarca, a Itália chegou às meias-finais da Competição Europeia de Futebol Feminino em 1984, em 1987, e, de novo, em 1989, quando perdeu no desempate por grandes penalidade para a República Federal da Alemanha. A história é muito parecida nos Campeonatos da Europa organizados pela UEFA.
Depois de um quarto lugar em 1991, um ano em que também chegaram aos quartos-de-final do Campeonato do Mundo, as italianas conseguiram chegar à final em 1993, em casa, onde só foram batidas pela Noruega. Dois anos mais tarde perderam nos quartos-de-final, e de novo com a Noruega, mas a vingança surgiu em 1997 quando bateram as nórdicas na fase de grupos, mas voltaram a perder a final, desta vez para a Alemanha. Da última vez foram afastadas ainda na fase de grupos.



O apuramento para Inglaterra não foi nada fácil, uma vez que as italianas tiveram de disputar pela primeira vez um "play-off" após terem sido surpreendidas no Grupo 1 pela Suécia. Em Junho, num jogo em Benevento, conseguiram bater as vencedoras do Grupo por 2-1, uma grande melhoria em relação à derrota por 5-0 que tinha sido imposta pela Suécia um ano antes. Nos "play-off" as italianas venceram em casa a República Checa por 2-1, e voltaram a impor-se por 3-0 em Caslav.
A capitã Patrizia Panico é uma das jogadoras mais experientes da equipa e faz dupla com Ilaria Pasqui no ataque. Tatiana Zorri é outra jogadora muito experiente e tem ao seu lado a jovem Elisa Camporese, uma centrocampista goleadora. A ascensão de Camporese e de outras jovens como Alessia Tuttino, Pamela Conti e a defesa Giulia Perelli tornou, sem dúvida, a Itália uma selecção mais forte. A Itália conta já no seu Palmarés Europeu com :Finalista em 1993 e 1997; semi-finalista em 1984, 1986, 1989 e 1991; quartos-de-final em 1995; fase de grupos em 2001, e no Ranking Mundial está posicionada em 10º lugar.

A Seleccionadora



Tendo começado a jogar futebol aos nove anos, Carolina Morace, também conhecida como 'A Tigre', fez a sua estreia na selecção italiana em Fevereiro de 1978, num encontro frente à Jugoslávia, quando apenas tinha 14 anos e sete meses. Apontou 105 golos em 153 partidas enquanto dianteira da 'Squadra Azzurra' feminina, enquanto, a nível de clubes, apontou mais de 500 golos ao serviço das 11 equipas que representou, tendo-se sagrado campeã italiana por 12 vezes e liderado a lista das melhores marcadoras outra dúzia de ocasiões - incluindo onze temporadas consecutivas, de 1987/88 a 1998/99.
Para além de ter-se formado em Direito em 1996 e iniciado uma carreira de comentadora desportiva televisiva, a veneziana Morace tornou-se treinadora de I Grau em 1991. Após já ter dirigido a equipa feminina da S. S. Lazio, tornou-se, em 1999, na primeira - e, até agora, única - mulher a treinar uma equipa profissional masculina, quando aceitou o convite do ASC Viterbo, então na Serie C1. Após duas jornadas altamente mediáticas, em virtude da decisão pioneira do clube, Morace pediu a demissão do cargo.
Um ano depois, foi nomeada seleccionadora nacional italiana, igualmente responsável directa pela equipa sub-18 e, apesar de ter assumido que as transalpinas "estão dez anos atrasadas" relativamente às principais potências europeias da modalidade, foi com algum azar que as 'Azzurre' não passaram da fase grupos do EURO 2001, após terem perdido, na derradeira jornada, com a França.



A Selecção Italiana chega a este Europeu numa excelente fase. As transalpinas são extremamentes fortes em campo, jogando com raça e vontade de ganhar.
Esta é uma equipa extremamente moralizada, não só pelo respieto que consegue impor perante as adversárias, como têm vindo de ano para ano a mostrar a razão da aposta ganha no futebol feminino.
Com uma defesa cerrada e um ataque eximio, as Italianas têm a seu favor o excelente entrosamento da equipa e o facto de serem sempre muito bem sucedidas em competições europeias.
Sem duvida a selecção Italiana é uma das mais fortes candidatas ao primeiro lugar no campeonato do mundo, apesar de não se encontrarem num grupo Fácil. Assim sendo a Selecção Italiana defronta hoje dia 6, pelas 20.00(hora local), uma as suas grandes rivais a França, em deepdale - Preston

[SpicedBlond]

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