Este post pode cheirar a desactualização, mas não é. O facto de eu apenas o estar a escrever agora tem um motivo. No dia 27 de Outubro, Vítor Baía foi considerado o melhor guarda-redes da época 05/06. Até aqui nada de estranho. Passados alguns dias, ao ler um jornal desportivo, deparei-me com uma crítica a atribuição desse prémio, onde a pessoa em causa, dizia que o prémio tinha sido mal atribuido, pois as contas estavam mal feitas. Vai daí decidi fazer uma pesquisa sobre o assunto e visitei o site do Síndicato, para tentar perceber em que é que eles se basearam para entregar ao prémio ao Vítor. No site do Síndicato a informação é muito reduzida, apenas dizendo que se basearam no número de jogos, os minutos de utilização e os golos sofridos, apresentando a classificação dos 10 primeiros, mas sem apresentar os valores numéricos.
A classificação que o Síndicato apresenta é esta:
1 - Vítor Baía
2 - Paulo Santos
3 - Moretto
4 - Ricardo
5 - William
6 - Bruno Vale
7 - Diego Benaglio
8 - Marcos
9 - Jorge Baptista
10- Nilson
Até aqui nada de anormal, a não ser quando começo a fazer as contas, que segundo a minha opinião, devem ter sido feitas da seguinte forma: Divisão do número de minutos jogados, pelos golos sofridos.
Sendo assim, vou pegar no exemplo de Vítor Baía, que segundo o site, foi o primeiro classificado.
*Vítor Baía actuou em 24 jogos da Liga, sendo que 23 foi titular os 90 minutos e em um jogou apenas 21 minutos o que perfaz um total de 2091 minutos de utilização, tendo sofrido 15 golos. Fazendo então a divisão, minutos de utilização/golos sofridos, o valor que me surge é 139.4, o que quer dizer que o Vítor Baía sofre um golo a cada 2 horas e 19 minutos.
Agora, pegando em Ricardo, que é o guarda-redes que para o leitor em questão deveria ter sido considerado o melhor guarda-redes, os resultados são os seguintes:
*Ricardo actuou em 30 jogos da última edição da Liga, em 29 deles foi titular, tendo jogado os 90 minutos e o jogo que falta, foi apenas utilizado durante 45 minutos, o que perfaz um total de 2655 minutos de utilização. Nesses 30 jogos efectuados pelo guarda-redes, ele sofreu 18 golos. Utilizando a divisão dos minutos pelo número de golos, o resultado que me dá é 147.5, que é o tempo que o Ricardo leva a sofrer um golo, ou seja, o Ricardo sofre um golo a cada 2 horas e 27.5 minutos.
Portanto, segundo estes cálculos, o Ricardo leva mais tempo a sofrer um golo que o Vítor Baía, logo deveria ter ficado à frente do guardião do FC Porto, e nunca em 4º lugar atrás de Paulo Santos e Moretto.
Mas não é só no topo que existem erros. Segundo a classificação do Síndicato, Nilson (Vit. Guimarães) é 10º classificado e Jorge Baptista (Gil Vicente) é 9º. As posições estão trocadas.
Fazendo o cálculo para o resto da classificação, ela deveria ter o seguinte aspecto:
1 - Ricardo 148 2h, 28m
2 - Vítor Baía 139 2h, 19m
3 - Paulo Santos 139 2h, 19m
4 - Moretto 138 2h, 18m
5 - William 132 2h, 11m
6 - Bruno Vale 95 1h, 35m
7 - Diego Benaglio 90 1h, 30m
8 - Marcos 85 1h, 24m
9 - Nilson 78 1h, 18m
10- Jorge Baptista 76 1h, 16m
Entre Vítor Baía e Paulo Santos existe uma igualdade, que é desfeita ao segundo.
Depois de fazer estes cálculos, decidi contactar o Síndicato dos Jogadores, e expus-lhes todo este trabalho que estou aqui a expôr neste momento e pedi-lhes que me informassem, caso estivesse errado, caso contrário, daria a minha analise como certa e faria dela pública. E foi este o motivo pelo qual só estou a escrever agora. E que da parte do Síndicato não recebi resposta nenhuma até hoje, e já os contactei na passada semana, portanto tomo a analise como certa.
E segundo esta analise, o prémio foi mal atribuido, pois deveria ter sido a Ricardo e não a Vítor Baía. Falta é saber quem no Síndicato dos Jogadores é que fez a atribuição e como tratou os dados. Estive algum tempo a analisar os referidos dados e não vejo outra maneira de serem tratados, logo assumo a minha analise como certa.
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