quarta-feira, novembro 29, 2006

Tribunal Atacante


Olá pessoal! Mais uma semana passou, com vitórias pacíficas dos três grandes, mas com decisões dos trios de arbitragens um pouco menos consensuais.
Mas tudo ficou resolvido pelo prícipio do certo e curto: se não podes agradar a gregos e a troianos, agrada aos gregos porque são mais fortes e porque a gaja boa que começou aquilo tudo veio de lá...
Centra e chuta...

Paios & Coriscos

Esta semana apareceu na comunicação social mais uma declaração interessante vinda dos lados da Rua da Constituição. Parece que a Comissão Disciplinar (CD) da Liga Portuguesa de Futebol Profissional sentiu-se na necessidade de explicar porque razão os sumaríssimos (ou sumarentos como já se diz em futebolês) ainda não fizeram a sua aparição neste campeonato da boa vontade.
A posição tomada, em traços gerais, foi a seguinte:

"...processos sumaríssimos nos campeonatos profissionais apenas em situações-limite, intoleráveis e absolutamente chocantes, que, ao mesmo tempo, traduzam a colocação em grave risco da integridade física dos atletas e um atentado grave às regras aceites e exigidas de fair-play no relacionamento entre os agentes intervenientes no jogo."

A referida comissão explicou ainda quais são os três factores que fazem com que um lance vire "sumarento":

"(...)a equipa de arbitragem não ter sancionado a infracção, técnica e disciplinarmente;
a infracção assumir relevância excepcional e constituir grave risco para a integridade física do atingido;
ou grave atentado à ética desportiva."


É só a mim que isto faz confusão?
Quase todos os fins-de-semana com campeonato - sim, que agora são escassos - existem, na minha opinão, atentatos gravosos à integridade física dos atletas, por isso a pergunta que faço é, o que será necessário para haver um processo sumaríssimo? Um atleta provocar uma fractura exposta a um colega de profissão?
Parece-me errado estar a desenhar a linha tão afastada da razoabilidade. O limite de velocidade mais elevado em qualquer estrada para qualquer tipo de veículo automóvel em Portugal é de 120 KM/h. Se a linha está desenhada num limite tão razoável como este e é frequentemente ultrapassada - alguém NUNCA ultrapassou os 120 KM/h? Parabéns então -, tenho medo do que poderá acontecer para que a CD perceba que alargando o princípio só vai deixar impune situações que ocorrem todas as jornadas por esses campo fora...
E mais não digo.

P.S. Sábado passado estive a jantar num belo estabelecimento em Matosinhos (o arroz de tamboril estava divinal) ao lado de uma mesa de dez, doze pessoas das quais constavam três árbitros internacionais e vários assistentes. Jantar com muita boa disposição.
É bom ver que a nossa classe arbitral tem uma relação salutar (mesmo sendo concorrência entre si), porque da nossa classe dirigente já não se pode dizer o mesmo...

Casos da Jornada

- Benfica - Marítimo

Corria o minuto 52' quando Marcinho, entendendo que já tinha feito o suficiente nesse jogo com um golo de levantar estádios inteiros (menos o da Luz como é óbvio), atinge, com a rasa e suave sola da sua chuteira, a perna do ainda à dias apelidado carinhosamente de "gnomo" Simão Sabrosa. Esteve bem o capitão João Ferreira ou qualquer dia o homem passa a tenente?

Aos 17' na sequência de um centro de Nélson a bola vai embater no braço de Gregory. Bola na mão, mão na bola, ambas as anteriores ou o futebol está cada vez mais amaricado?

Nota: as entradas de Wênio, Evaldo e Anderson também obedeciam aos pressupostos de casos da jornada, mas por impedimentos estruturais, faço apenas esta breve menção a eles...

- Belenenses - Porto

Na sequência de um canto directo de Quaresma aos 8', o Marco desta semana (o Belenenses têm três Marcos guarda-redes) ia cometendo o erro de uma carreira não conseguindo sacudir a bola. Hélder Postiga, conhecido pela sua profunda amizade por "Marcos" e pelo clube da cruz de Cristo, retira a bola da baliza do Belenenses. A pergunta é: conseguiu fazê-lo antes da bola ultrapassar completamente a linha de golo e Olegário Benquerença tem de ir à bruxa ou tá tudo e por conseguinte, tá tudo?

Aos 41' o Porto chegam à vantagem num lance que suscita celeuma e múltiplas questões:
- Estava fora-de-jogo Postiga?
- Estava fora-de-jogo B. Alves?
- Há falta sobre o "Marco do dia" por parte de B. Alves?
- O golo devia contar por dois por ter sido uma assistência de B. Alves?
- Não acham muita coincidência Jorge Jesus em Belém? Jorge JESUS no clube da CRUZ DE CRISTO? Onde está o apito sagrado agora?

- Naval - Sporting

Aos 87' como jogo por resolver, Liedson cai à entrada da área e o árbitro assinala livre directo.
Foi correcta a decisão de Paulo Costa ou deveria ter sido assinalado o castigo máximo? Ou a Academia de ciências cinematográficas devia dar já prémio carreia ao "levezinho"?

Muitos casos ficam de fora e muita injustiça faz este tribunal perante os fracos e oprimidos. Em nome do «best-seller» Tribunal Atacante queria desde já apresentar as minhas desculpas, mas impeditivos técnicos geralmente impedem o visionamento dos lances à maioria dos leitores. Qualquer questão ou reclamação acerca disso dirijam-se à direcçã do blog e não a mim, porque eu é mais bolos...
Até p'ra semana e lembrem-se: Se eles podem apitar, nós também podemos rir...

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