domingo, junho 11, 2006

Grupo B: Inglaterra Vs Paraguai




Aquilo que se perspectivava era que a Inglaterra, com maior ou menor dificuldade, alcançasse os três pontos. Sabendo que o sector mais recuado do Paraguai era o menos débil e que os britânicos têm precisamente no ataque (ainda para mais com a ausência de Rooney, que durará pelo menos durante a fase de grupos) a parte menos genial da equipa, era de crer que os golos não fossem muitos. Foi o que aconteceu.
Ambas as equipas de apresentaram em 4-4-2.

A primeira parte começou com imenso azar para os paraguaios. Logo aos 2 minutos de jogo, David Beckham bate um livre a cerca de 35 metros da baliza no flanco esquerdo do ataque inglês e Gamarra, capitão da selecção sul-americana, toca de raspão no esférico atraiçoando o guardião Justo Villar, que ainda tocou na bola antes desta chegar ao fundo da baliza. Foi precisamente Villar que se lesionou aos 7 minutos num lance dividido, tendo o Paraguai de trocar de guarda-redes, fazendo entrar Babadilla.
Desde então o Paraguai, que hoje jogava com o equipamento alternativo, raramente causou perigo e deu à selecção de Inglaterra toda a liberdade para dominar a partida. As oportunidades sucediam-se: primeiro um excelente passe de Gerrard para um remate frouxo de Owen, depois um livre indirecto cujo remate de Lampard deixou algo a desejar e alguns remates de fora da área efectuados por Lampard, Gerrard e Beckham, que foi o melhor jogador da primeira parte. De salientar o facto de o Paraguai ter rematado pela primeira vez aos 17 minutos após a única falha defensiva dos europeus, por Terry, que deixou Carlos Paredes chutar para longe. Já no fim do primeiro tempo, o Paraguai conseguiu esboçar uma reacção sendo o perigosíssimo remate de Valdez o mais flagrante exemplo disso. Foi mesmo o melhor lance da equipa durante todo o encontro.A segunda metade veio e o jogo alterou-se bastante, principalmente devido à postura dos paraguaios. A Inglaterra deixou de dominar completamente o desafio e passou a haver um grande equilíbrio, passou a haver disputa dos lances e bolas ganhas pelos sul-americanos, o que até então não tinha acontecido. A pressão exercida pela selecção de Aníbal Ruiz intensificou-se e, apesar de não se conseguir sobrepor à Inglaterra, causou perigo muito graças ao melhor jogador do Paraguai neste jogo, Nelson Haedo Valdez, que foi incansável na manobra ofensiva da sua selecção, tendo sido o melhor jogador do Paraguai.
Owen saiu e entrou Dowings, um jogador muito veloz, e Bonet, outro dos bons jogadores paraguaios deu lugar a Cuevas.
Fora os magníficos remates de Frank Lampard, não houve registo de grandes ocasiões de golo na segunda parte.
Foi um jogo muito desequilibrado na primeira parte, sendo que na segunda parte, apesar equilíbrio, o jogo foi muito menos bem jogado, mais físico, mais lento e com a Inglaterra a procurar gerir o esforço físico.




Do lado do Paraguai os jogadores que mais se destacaram foram Valdez, o elemento mais irrequieto no ataque; Bonet, sempre a tentar puxar a equipa para a frente bem como Paredes e Bobadilla, pelas grandes defesas.
Do lado de Inglaterra Joe Cole, com a sua rapidez, qualidade de passe e capacidade igualmente grande de defender e atacar; David Beckham, que fez uma primeira parte de alto gabarito, com passes e cruzamentos teleguiados e cobrando o livre que originou o único golo do jogo; Peter Crouch a utilizar o seu enorme físico para ganhar todas a bolas no terceiro terço do terreno e Frank Lampard, quanto a mim o homem do jogo foram os melhores.

Frank Lampard fez uma grande exibição, rematando por três ou quatro vezes de forma imensamente perigosa à baliza paraguaia, ajudando a defender e a atacar, pautando o jogo e demonstrando grande forma. Não houve um grande destaque, tendo os britânicos valido pelo seu todo, mas de facto Lampard foi um dos melhores.




A arbitragem pode considerar-se muito aceitável. Houve um lance aos 11 minutos que resultou num livre indirecto, cuja falta não se percebeu muito bem, mas foi marcada devido à demora do guarda-redes. Aos 65 minutos houve uma falta mal tirada a Peter Crouch, mas tirando isso o árbitro e os seus assistentes tiveram uma exibição sóbria e sem grandes casos.




· O estádio esteve sempre cheio e a festa nas bancadas foi uma constante, mesmo com o “arrefecer” do jogo;
· A segunda parte foi bastante equilibrada;
· A arbitragem foi boa, sem grandes erros e sem grandes casos.


· A primeira parte foi totalmente dominada pela Inglaterra, não havendo resposta do Paraguai;
· Na última meia hora de jogo, o futebol foi mal praticado, lento e sem grande emoção.
Para finalizar deixo uma imagem da primeira equipa titular inglesa neste Mundial.

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