sexta-feira, junho 23, 2006

Grupo F: Croácia Vs Austrália




Cidade: Estugarda
Estádio: Gottlieb-Daimler-Stadion
Árbitro: Graham Poll (Inglaterra)
Assistentes: Philip Sharp (Inglaterra) e Glenn Turner (Inglaterra) 4.º árbitro: Kevin Stott (EUA)
5.º árbitro: Gregory Barkey (EUA)

Num grupo em que "três galos disputavam um só poleiro", quem vencesse este jogo tinha a qualificação praticamente garantida, pois muito dificilmente o Japão surpreenderia o Brasil. Pessoalmente, sempre acreditei no valor desta Austrália e as suas exibições vieram comprovar o meu feeling.

O início do jogo não poderia ter corrido melhor para os croatas, pois aos 2 minutos de jogo, Srna marca um grande golo, na transformação de um livre directo. Os australianos demoraram a reagir mas assim que o fizeram massacraram por completo a baliza de Pletikosa. Aos 38 minutos Stjepan Tomas mete mão à bola e Graham Poll não teve qualquer dúvida, assinalando grande penalidade. Moore não desperdiçou e colocou justiça no marcador. Até ao intervalo, registo para uma tentativa de remate acrobático de Tim Cahill, que falha a bola por pouco, e para a resposta da Croácia (até que enfim!), num remate forte de Prso.

Estatísticas ao intervalo:

Croácia (2 remates, 2 cantos, 9 faltas, 0 foras-de-jogo e 2 amarelos)
Austrália (8 remates, 4 cantos, 8 faltas, 0 foras-de-jogo e 0 amarelos)

Posse de bola: Croácia 41% e Austrália 59%

A segunda parte foi bem mais equilibrada. A Croácia entrou bem, fazendo uma série de remates que culminaram no golo de Niko Kovac, aos 56 minutos, com o guardião australiano a ter imensas culpas. Neste momento, a Croácia tinha a qualificação na mão, e o seleccionador Zlatko Kranjcar demonstrava uma alegria enorme. Do outro lado, Hiddink não tardou em mexer na equipa, colocando em campo Aloisi, Bresciano e Kennedy, por esta ordem. Os jogadores croatas começaram a queimar tempo, e daí resultaram alguns amarelos e alguma desconcentração. O minuto 79 ficou marcado pelo empate dos Socceroos, num remate de Kewell, que pautou uma grande exibição. Até ao final, o futebol na verdadeira acepção da palavra, decidiu abandonar o campo, para dar lugar à violência, à incompetência e à "azelhice". Três jogadores expulsos em pouco tempo, com a peculariedade de Simunic ter visto 3 (!) amarelos...

Estatísticas finais:

Croácia (8 remates, 3 cantos, 21 faltas, 2 foras-de-jogo, 7 amarelos e 2 vermelhos)
Austrália (12 remates, 9 cantos, 24 faltas, 1 foras-de-jogo, 2 amarelos e 1 vermelho)

Posse de bola: Croácia 44% e Austrália 56%

Guus Hiddink fez novamente história, ao levar a Austrália (pelo menos) aos oitavos-de-final, quando ninguém dava nada por esta equipa. Depois do sucesso na Coreia do Sul e Austrália (até onde irá?), será que o mister Guus levará a Russia a bom porto no próximo Europeu? A ver vamos...


Harry Kewell

Dono de um pé esquerdo fenomenal, Kewell mostrou finalmente o seu potencial, não só pelo que fez durante o jogo, como pelo golo decisivo que marcou.


O bom futebol que se praticou e a incerteza quanto à equipa que se iria qualificar.

A passagem da Austrália, uma selecção da Oceania, à fase seguinte.


A incompetência do árbitro Graham Poll.

O "queimar tempo" dos croatas, que foi provavelmente o causador da derrota.

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