Grande jogo, era o que todos esperávamos do Argentina versus Holanda.
No entanto, penso que os adeptos de Futebol saíram algo decepcionados deste jogo que definia o 1º lugar do grupo, mas que era disputado por duas equipas já apuradas para os oitavos de final do Mundial.
Assim, ambas as selecções decidiram prescindir de jogadores em risco de exclusão e até de alguns jogadores “chave”, que ficaram no banco gerindo a sua condição física, para aparecerem na fase seguinte em grande.
Como aperitivo, Messi e Tevez apareciam como titulares, após tão boas indicações darem...no jogo frente á Servia.
O jogo
O jogo começou morno, com ambas as equipas a actuarem nos seus esquemas habituais e apostando de inicialmente, numa toada de estudo e respeito mútuo.
Poucas situações de perigo, muita disputa de bola a meio campo e só aos 18 minutos se assistiu ao primeiro lance de perigo.
Numa primeira parte morna, apenas os remates de Maxi Rodriguez e uma bola ao poste por parte da Argentina, trouxeram algum sal e pimenta a este jogo.
A Argentina foi sempre mais dominadora, fruto de uma maior consistência e organização do meio campo e graças ao excelente jogo de Maxi Rodriguez que aparece neste Mundial em grande, grande forma.
Messi, parecia algo limitado fisicamente, mas trazia rasgos de genialidade e Tevez apareceu muito mexido e muito batalhador.
Terminou a primeira parte, sem golos, com um empate que se pode considerar aceitável, mas sem escamotear algum domínio territorial e do comando das operações por parte da Argentina.
Se a 1ª parte foi morna, a 2ª foi entediante.
Equipas claramente a fazer gestão da condição física, conformadas com o empate.
Não forçaram, jogaram lentamente e sem arriscar.
De qualquer forma a Argentina voltou a estar melhor e a dominar territorialmente o jogo.
Só Tevez rumou contra o “marasmo” em que se tornou um jogo tão ansiado.
Enfim, a salientar um bom lance individual deTevez que rematou forte fora da área, obrigando Van der Sar a aplicar-se.
51% de posse de bola e 8 remates para a Holanda, e 49% de posse de bola e 10 remates para os Argentinos. Até pela estatística se entende o tom pouco competitivo e equilibrado que ditou este jogo do 1º ao ultimo minuto.
Num jogo tão morno e lento, Tevez, sem fazer uma exibição do outro mundo, foi um único com vontade de incutir velocidade e de procurar o golo e a vitória.
Correu muito, fez muitas vezes o papel do apagado Riquelme, teve pormenores de classe e ainda conseguiu rematar 2 ou 3 vezes com perigo.
Nem se deu por ele. O jogo foi morno, sem qualquer topo de agressividade, o que facilitou e muito o trabalho do árbitro. Nada a apontar….
Alguns pormenores técnicos dos argentinos
Tevez, o único que realmente tentou ganhar
Jogo muito lento, com pouca entrega e vontade.
Riquelme e Messi. Dois jogadores que poderiam abrilhantar a partida, mas que passaram completamente ao lado de uma boa exibição.
Van der Vaart e van Persie, os fantasistas da Holanda não se viram em campo.
Conclusão
Creio que a Holanda, á partida será o adversário mais indicado para Portugal.
Denota grandes fragilidades na defesa e ansiedade quando não controla os tempos de jogo. Será preciso um bom jogo de Miguel (ou porque não P Ferreira..visto conhecer o Holandês) para parar Robben, e depois uma exibição inspirada quer de Maniche quer de Deco que poderão ser as chaves do jogo.
Ao contrário dos jogos já efectuados, Portugal não conseguirá libertar os seus laterais para tarefas ofensivas, portanto toda a mecanização colectiva nas transições quer defensivas, quer ofensivas será decisiva.
Ronaldo e Figo poderão aproveitar da melhor forma alguma ineficácia dos laterais holandeses.
Atenção ás bolas paradas dos Holandeses, que estão muito bem trabalhados e são a grande lacuna de Portugal.
A Argentina não compromete neste jogo, o título de melhor equipa da fase de grupos, pois geriu da melhor forma o seu primeiro lugar e a frescura física dos seus jogadores.
O que melhor caracteriza os argentinos é salientar que eles não são onze jogadores mas sim 18 ou 19 jogadores de altíssimo nível. Grandes candidatos ao título.
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