segunda-feira, junho 12, 2006

Grupo C: Servia & Montenegro Vs Holanda




Estádio Zentral, em Leipzig, cheio para ver um jogo prometedor, Sérvia – Holanda.
O jogo fica desde logo marcado pela primeira e ultima vez que se ouviu e irá ouvir o hino da Servia e Montenegro, fruto da recente divisão do país em dois.

Em relação ao Futebol propriamente dito, a Holanda apareceu sem surpresa num 4x3x3 bem típico do futebol laranja, apostado sobretudo na posse de bola e na velocidade dos extremos.
Por outro lado, os Sérvios apareceram com um 4x4x2, apostados numa forte coesão defensiva, controle dos espaços no meio campo, para posteriormente lançar ataques rápidos e incisivos.


O jogo começou equilibrado e com ambas as equipas á procura do golo e foi até a Sérvia e Montenegro a quem pertenceram as primeiras jogadas de perigo, no entanto, num contra-ataque rápido e mortífero Robben lançado por Nistelrooy aparece completamente isolado frente ao guardião Sérvio, e com uma frieza enorme, marca o primeiro golo do jogo. Estavam 18 minutos jogados.

A partir do golo, a Holanda equilibrou e serenou o seu jogo, passando a controlar mais e melhor a posse de bola, através de passes sucessivos (200 em 30 minutos de jogo) e ataques pacientes e inteligentes.
A laranja mecânica começou a dar sinais de vida, algo que enervou a Sérvia que até ao fim da primeira parte, não conseguiu estabilizar e impedir o domínio holandês.
A salientar ainda nesta primeira parte, excelentes pormenores técnicos de Van Persie e especialmente de Arjen Robben, que teve mais uma ou duas boas ocasiões para marcar.
Ainda antes do apito para o descanso, Petkovic resolveu mexer na equipa lançando Koroman, que ainda teve tempo para chutar com perigo á baliza Holanda.
A 2ª parte começou, com uma Sérvia audaz mas pouco incisiva, criando situações de ataque mas denotando dificuldades para alvejar a baliza.
E tal como na 1ª parte, a Holanda com serenidade e excelente qualidade de posse de bola equilibrou o jogo (60 passes em 10 minutos).
O jogo estabilizou e equilibrou-se, com Koroman pela Servia e Nistelrooy pela Holanda a terem boas oportunidades de marcar.
Ambas as equipas procuraram o golo, ficando a clara sensação que a Holanda tem mais soluções e qualidade para o conseguir, e com um Robben inspiradíssimo, foi o Holandês ,do Chelsea, quem foi construindo quase na exclusividade as jogadas de perigo da Holanda.

Aos 82 minutos Van Persie num livre directo, faz a bola raspar o poste direito da baliza Sérvia e aos 88 Robben ,numa diagonal da direita para o meio, esteve perto do golo.

Fim do jogo, a Holanda vence justamente.



Depois de uma época algo discreta no Chelsea, Arjen Robben rubricou hoje a melhor exibição individual do Mundial 2006.
Velocíssimo, potente, inteligente e muito perigoso.
Robben canalizou quase exclusivamente todo o caudal de jogo ofensivo da Holanda, criando do nada jogadas de enorme perigo.
Actuando na extrema esquerda, apareceu em todo o lado e foi um verdadeiro “abono de família” do ataque Holandês.
Exibição sensacional, abrilhantada ainda por um bom golo, fruto de uma excelente movimentação.
10 remates, 1 golo, 30 passes e 3 roubos de bola.


O arbitro esteve sempre irrepreensível, quer no capítulo técnico quer no capítulo disciplinar.
Merk, soube controlar o jogo e resolveu da melhor forma um jogo que na generalidade foi fácil de dirigir.




A mancha de apoio laranja, em Leipzig. Os adeptos Holandeses não “falham” e estão sempre presentes no apoio á selecção Holandesa.

O sexy football apresentado pela Holanda. Muita qualidade de passe, selecção versátil e com rasgos individuais ,de belo efeito. de alguns dos seus melhores jogadores.

Robben, exibição sensacional


A ausência de futebol criativo no meio campo Sérvio. Stankovic foi uma nulidade.
Fica a clara ideia de um futebol “quebrado” entre defesa e ataque na selecção Sérvia.

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