sábado, junho 24, 2006

Grupo H: Ucrânia Vs Tunísia


Ao mesmo tempo que decorria um entediante Espanha-Arábia Saudita, o Ucrânia-Tunísia, foi um jogo que se esforçou para bater o outro jogo do grupo na quantidade de espectadores que punha a dormir. A Tunísia a precisar de vencer, começou com mais bola, mas sempre sem arte nem engenho para incomodar a defensiva "de Leste", e a Ucrânia a começar o jogo na espectativa de contra-ataque, já que, o empate servia as suas intenções.
O grande realce da 1ª parte vai mesmo para a expulsão de Jaziri, já no período de compensação dado pelo árbitro, a hipotecar as aspirações tunisinas. Esperava-se uma 2ª parte mais emotiva com a Tunísia, sem nada a perder, a arriscar mais para chegar à vantagem. Os tunisinos realmente entram mais determinados e mesmo com menos um lançam-se ao ataque a uma Ucrânia cada vez mais a apostada no contra-ataque. Os primeiro quarto de hora passou sem que o perigo rondasse qualque uma das balizas e da bancada surge o veredicto. Uma valente assobiadela a ambas as equipas, a mostrar o descontentamento que reinava nas bancadas do Olympiastadion, em Berlim.
Quem parece que acusou a afirmação dos adeptos, foi o sr. Carlos Amarilla, que em cinco minutos arrumou o jogo.
Aos 65' desta 2º parte, um livre cobrado por Ayari, que tomava a direcção da baliza, é desviado por Tymoschuck - que tinha visto o cartão amarelo cinco minutos antes - com o braço. Intencional ou não, ficou uma grande penalidade por assinalar e uma ordem de expulsão por dar ao jogador ucraniano.
Cinco minutos depois, num lance dentro da área da Tunísia, Shevchenko aguenta duas carga na cintura de um defesa e do guarda-redes tunisinos para, ao ver que não conseguiria fazer o golo, depois atirar-se sozinho para o chão. O sr. Amarilla foi na cantiga ucraniana e assinalou o castigo máximo.
"Sheva" disse que sim e encarregou-se de matar o jogo.
A partir desse ponto, o jogo "morreu" embora a Tunísia ainda tenha disposto de uma oportunidade de igualar a contenda, com goleador Santos, que havia entrado, na primeira e "única" vez que toca na bola neste mundial quase faz golo já nos descontos desta etapa complementar.
A Ucrânia passa aos oitavos de final onde terá de jogar mais de que fez neste jogo para ultrapassar a Suiça...

A FIFA escolheu Tymoschuk como homem do jogo e tenho de concordar que foi o mais interventivo (até demais, como prova o lance do livre contra Ucrânia aos 65') do lado europeu, enquanto que o destaque do lado tunisino vai para Trabelsi. Não fez um jogo por aí além, aliás ninguém o fez, mas foi dos seus pés que saiu sempre mais perigo.



O sr. Carlos Amarilla fez uma má arbitragem e teve influência no resultado. Ficou uma grande penalidade por assinalar contra a Ucrânia por mão na bola de Tymoschuk aquando de um livre directo de Ayari e assinalou erradamente uma grande penalidade contra a Tunísia a castigar um derrube inexistente sobre Shevchenko. Tarde para esquecer...

- Há pouco de positivo a marcar este jogo e vou simplesmente realçar a atitude contra o mau futebol por parte dos adeptos. Por vezes pactuamos com o mau futebol quando ele nos convém, mas o público que viu este jogo no Olympiastadion mostrou um "cartão amarelo" ao mau futebol que estava a ser praticado por ambas as equipas, independentemente de este servir o propósito de parte dele.

- Mau futebol praticado por ambas as equipas.
- Arbitragem do sr. Carlos Amarilla.
- Passividade do sr. Roger Lemerre, que assistiu impávido e sereno à derrocada tunisina.

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