segunda-feira, junho 19, 2006

Grupo F: Japão Vs Croácia


FIFA World Cup Stadium, Nuremberga
Hora: 14:00
Árbitro: Frank de Bleeckere (Bélgica); Assistentes: Peter Hermans (Bélgica) e Walter Vromans (Bélgica): 4º árbitro: Kevin Stott (EUA), 5º árbitro: Gregory Barkey (EUA)


Defrontaram-se ontem duas equipas a necessitar de pontos para manter o sonho da qualificação para a fase seguinte. A Croácia vinha de uma boa exibição frente ao todo-poderoso Brasil, enquanto que o Japão, a ganhar por uma bola aos 85 minutos, foi surpreendido pela Austrália encaixando 3 golos de rajada. Depois de um mau início no Mundial, ambos os conjuntos ambicionavam a vitória e a derrota significava o adeus definito à competição, do lado dos croatas.

Ambas com um ataque pouco concretizador (ou nulo, no caso da Croácia), adivinhava-se um jogo com poucos golos. E assim foi.

Enquanto Zico mexeu na equipa, relativamente ao primeiro jogo, metendo Akira Kaji e Mitsuo Ogasawara para os lugares de Tsuboi e Komano, Zlatko Kranjcar manteve a aposta no mesmo onze. A Croácia entrou a todo o gás, asfixiando a equipa nipónica no seu meio-campo. Aos 20 minutos Miyamoto comete falta na área sobre Prso, e o árbitro Frank de Bleeckere não hesite, apontando para a marca de grande penalidade. Como se de uma maldição se tratasse, Srna, chamado a converter o castigo máximo, atirou para a defesa do guardião Kawaguchi.

Aos 36 minutos de jogo registou-se o primeiro remate de perigo do Japão, protagonizado por Nakata. Pletikosa correspondeu com uma grande defesa. A equipa japonesa começou a demonstrar muita intranquilidade, parecendo estar contente com o empate.

O Intervalo chegou com o nulo, num jogo bastante dividido, com a Croácia a merecer algo mais do que este resultado.




Estatísticas ao Intervalo:

Japão (7 remates, 2 cantos, 10 faltas, 1 foras-de-jogo, 2 cartões amarelo)

Croácia (9 remates, 8 cantos, 8 faltas, 2 fora-de-jogo, 1 cartões amarelo)

Posse de bola: Japão 54% e Croácia 46%



Na segunda parte Zico faz entrar Inamoto para o lugar de Fukunishi, na tentativa de dar mais criatividade ao ataque. Aos 50 minutos Yanagisawa protagoniza um dos maiores falhanços do Mundial:numa bola que só pedia um simples encosto, o japonês atira para o lado contrário. Seguiram-se vários ataque perigosos da Croácia, mas a incapacidade de finalização abrangia toda a equipa. Nakamura ainda assustou Pletikosa mas a derradeira ocasião de golo pertenceu ao filho do treinador croata, Niko Kranjcar, que após um bom cruzamento de Olic atirou ao lado.

Estatísticas finais:

Japão (12 remates, 5 cantos, 19 faltas, 1 foras-de-jogo, 3 cartões amarelo)
Croácia (16 remates, 11 cantos, 18 faltas, 2 fora-de-jogo, 2 cartões amarelo)

Posse de bola: Japão 56% e Croácia 44%


Nakata. O jogador que actua no Basileia (?!) fez uma boa exibição, que faz pensar como um jogador deste calibre actua numa liga tão pouco competitiva. Niko Kranjcar também teve uma boa prestação.

Num jogo sem grandes casos, o árbitro esteve em bom plano. Assinalou correctamente o penalty e agiu disciplinarmente quando as situações o pediam.


O toque brasileiro que Zico incutiu na selecção nipónica.

Os adeptos, quer japoneses, quer croatas.

A dependência de Nakata e Nakamura.

A falta de criatividade dos croatas, que traz saudades dos tempos de Boban e Prozinecki.

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