sexta-feira, novembro 10, 2006

Será que vai começar tudo de novo?


O diferendo Gil Vicente - FPF veio para ficar. Depois de alguns meses de luta acérrima pela permanência na Bwin Liga, eis que agora nasce um novo conflito. Como é conhecido do público, os gilistas foram sancionados, com a exclusão de todas as provas realizadas pela FPF, o que inclui a participação na Taça de Portugal e também a participação das equipas de juniores A e C, nas competições destinadas aos mais jovens, organizadas pelo mesmo organismo. O Gil Vicente não se ficou e recorreu dessa decisão. Ontem anunciou que o TAFL suspendeu as sanções apicadas aos barcelenses, que agora reclamam o direito de ser integrados na 3ª eliminatória da Taça, que se disputa amanhã.
Em comunicado enviado à Agencia Lusa, o clube diz que a decisão proferida pelo Tribunal Lisboeta, datado de 2 de Novembro, ordena a não aplicação das sanções impostas ao clube pelo Conselho de Justiça da FPF, no âmbito do "Caso Mateus".O mesmo comunicado diz que a Federação "está obrigada a diligenciar no sentido da reintegração imediata das equipas" e que resulta da lei a adopção de diligências para que possa participar na 3.ª eliminatória da Taça de Portugal, marcada para sábado."O Gil Vicente faz votos que nesta oportunidade a FPF cumpra a legalidade e as determinações judiciais que se impõem à mesma", por "estar em causa assegurar o direito ao desporto, constitucionalmente protegido".

Mas a FPF já retaliou e como seria de esperar o Gil Vicente repudiou mais uma vez a decisão da federação. É que a FPF voltou a invocar o interesse público, como já havia feito na altura do Caso Mateus, e os gilistas não se conformaram e também já responderam, acusando a FPF de estar a agir de forma absurda. " Não está em causa a garantia de relevantes interesses nacionais de monta como sejam a saúde pública, o ensino ou a segurança. A invocação de interesse público é absurda e desproporcionada", disse o clube gilista em comunicado. E continua, "O tempo encarregou-se de demonstrar que os alegados motivos de interesse público não tinham, como não têm, qualquer fundamento, constituindo aquilo que muitos observadores e reputados analistas apelidaram de verdadeiro bluff". E dizem mais, "recolocar os juniores numa prova em curso ou colocar a equipa sénior numa eliminatória de uma prova (Taça Portugal) a que tem direito não põe em causa todo o desporto nacional" e classificam como "ameaça incompreensível e sem base jurídica" invocar sanções de organismos internacionais. O comunicado termina com a afirmação de que o clube "continuará a procurar nas sedes próprias a Justiça e a legalidade e não prescindirá de convocar as autoridades e poderes públicos".

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