quarta-feira, abril 26, 2006

Jogador Atacante da Semana: Dennis Bergkamp

Nome: Dennis Licholaas Maria Bergkamp
Data de Nascimento: 10/05/1969 (36 anos)
Clube: Arsenal
Nº da Camisola: 10
Posição: Avançado Centro
Altura: 1,83 metros
Peso: 78 kg
Naturalidade: Amesterdão - Holanda
Palmarés:

• 1 Campeonato Holandês (1990)
• 2 Taças da Holanda (1987, 1993)
• 1 Taça dos Campeões Europeus (1987)
• 2 Taças UEFA (1992 [Ajax], 1994 [Inter])
• 3 Campeonatos Ingleses (1998, 2002, 2004)
• 4 Taças de Inglaterra (1998, 2002, 2003, 2005)
• 3º Melhor jogador do mundo pela FIFA (1993, 1997)


Dennis Bergkamp é seguramente um dos melhores avançados da década de 90. Um jogador imensamente tecnicista, com pormenores deliciosos em quase todos os jogos, com jogadas verdadeiramente fantásticas. Portador de um físico temível, este futebolista holandês tem na sua apuradíssima técnica a maior característica. Não tendo um sentido de golo tão apurado como os verdadeiros matadores por essa Europa fora, Bergkamp, com a sua genialidade técnica, os seus rasgos individuais e a sua força marcou muitos golos ao longo da sua já longa carreira.
Mesmo contando já com 36 primaveras, Dennis é muito frequentemente utilizado no Arsenal, que é só uma das melhores equipas do mundo. Prova disso é que desde que chegou ao Arsenal, a época em que efectuou menos jogos foi a 2000/01, onde “Bergy” jogou 25 jogos, isto com já com 31 anos. Este é, a par com a grande quantidade de excelentes mas relativamente velhos jogadores do AC Milan (Stam, Maldini, Costacurta, Cafu, Nesta, Rui Costa, Filippo Inzaghi, entre outros), um bom exemplo de que a idade não conta assim tanto, se bem que a mentalidade lusa nesse aspecto ainda não é assim. Em Portugal, um jogador com 30 anos já velho. Bergkamp tem 36 anos e ainda é muitas vezes titular e tem um óbvio peso no balneário. Com 36 anos! Mas já me estou a alongar noutra temática, que deve ficar para outro post. Passemos à carreira dele.

Este futebolista foi formado naquela que é considerada unanimemente como uma das melhores (senão a melhor) escolas de formação do mundo inteiro, o Ajax, onde entrou com 12 anos. Destacou-se desde cedo pelas suas características invulgares. Como ídolo tem Glenn Hoddle, que jogava no Tottenham, e sempre gostou do futebol inglês, assim como os seus pais que lhe deram o nome Dennis em homenagem a Denis Law, lenda do Manchester United. Ia todos os Verões para este país e talvez por isso o seu sonho de criança era disputar um campeonato inglês. Mudou-se mais tarde para o Arsenal, cumprindo assim um dos seus maiores desejos profissionais. Mas já lá vamos. Dizia eu que sempre deu nas vistas pelas suas qualidades técnicas, o que é verdade. Mas não é menos verdade que os técnicos do clube achavam que Bergkamp não tinha capacidade psicológica suficiente para se tornar jogador profissional. Contudo, Cruyff descobriu o seu talento nas camadas jovens e trouxe-o para a ribalta. Mais de 100 golos depois, e com três competições europeias (Taça UEFA, Taça dos Campeões Europeus e Taça das Taças) e um campeonato da Holanda na bagagem, foi altura de, em 1993 se transferir para Itália de modo a representar o Inter de Milão, após ter sido considerado pela FIFA como o 3º melhor jogador do mundo. A experiência no campeonato transalpino não correu muito bem para o médio ofensivo, mas foi suficiente para arrecadar mais um título internacional, conquistando pelo Inter mais uma Taça UEFA. As críticas sucessivas e o mau relacionamento com os companheiros de equipa estiveram na base do seu insucesso em Itália. Era, portanto, urgente “mudar de ares” e foi o que aconteceu, quando se transferiu para o Arsenal, de Inglaterra. Ainda hoje, 11 anos depois, Dennis é jogador deste histórico inglês. Chegou em 1995 e tornou-se logo um dos melhores jogadores da equipa e do futebol britânico e foi com naturalidade (e com o tempo) que se tornou um dos ícones do clube e um dos ídolos para os adeptos dos gunners. Mesmo não sendo um jogador indispensável enquanto futebolista, “The IceMan” tem um peso enorme no balneário e ainda tem pernas para ajudar os finalistas da Liga dos Campeões deste ano a obter bons resultados. Foi dos poucos jogadores desta equipa que ultrapassou a marca dos 100 golos marcados com a camisola do Arsenal ao peito. Henry disse mesmo que este é o parceiro de ataque ideal. Venceu entretanto 3 campeonatos ingleses, 4 Taças do mesmo país e em 1997, dois anos depois de se ter mudado para o Arsenal, era pela segunda vez considerado o 3º melhor jogador do mundo. Na selecção teve sempre um papel importante até ao ano 2000, quando se retirou. Com a camisola laranja jogou nos Europeus de 1992, 1996 e 2000 e nos Mundiais de 1994 e 1998, e temos que dar especial destaque a este último, pois foi efectivamente a estrela da laranja mecânica tendo marcado um golo verdadeiramente notável diante da Argentina. É, de facto, uma carreira soberba de um jogador que merece o reconhecimento de todos e que espalhou, e ainda espalha a magia pelos relvados fora. Não vai disputar o Mundial, obviamente, mas ainda vai jogar pelo menos mais uma época pelo seu clube. Boa sorte Bergkamp e obrigado por tudo o que deste ao futebol!

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