quarta-feira, abril 19, 2006

Jogador Atacante da Semana: Shevchenko

Nome: Andriy Mykolayovych Shevchenko
Data de Nascimento: 29/09/1976 (29 anos)
Clube: AC Milan
Nº da Camisola: 7
Posição: Avançado
Altura: 1,83 metros
Peso: 72 kg
Naturalidade: Dvirkivshchyna – Ucrânia
Palmarés:

• 5 Campeonatos Ucranianos (1995, 1996, 1997, 1998, 1999)
• 4 Taças da Ucrânia (1996, 1998, 1999, 2000)
• 1 Campeonato Italiano (2004)
• 1 Taça de Itália (2003)
• 1 Liga dos Campeões (2003)
• 1 SuperTaça Europeia (2003)
• 1 Bola de Ouro (2004)

Shevchenko. Shevchenko é indescritível, único. Tenho 14 anos, é verdade, e pouco vi de Pelé, Eusébio, Puskas, Garrincha, Cruyff ou Maradona, mas é inegavelmente um dos melhores jogadores que já vi em toda a minha curta vida. É vê-lo a galopar nos relvados, qual puro-sangue, com uma bola nos pés, fintar adversários e com aquele faro de golo tão característico colocar a bola junto das redes. É ver um guarda-redes desolado quando percebe que Shevchenko, com a sua técnica fantástica recebe a bola em qualquer sítio, remata com qualquer pé, com a cabeça seja em força ou jeito, mas marca. Não falha golos fáceis, é imperdoável. O único adjectivo que encontro para caracterizar Shevchenko é… Shevchenko (que por acaso é um substantivo). É notória a minha admiração pelo ucraniano, mas que verdadeiro adepto do futebol não gosta dele? A frieza característica dos jogadores de Leste torna-o um ponta-de-lança mortífero, com um killer instinct não comparável a mais nenhum jogador no activo. Shevchenko é um dos melhores do Milan mas mais do que isso é a força da selecção da Ucrânia, um herói nacional.
É quase perfeito: mortífero, rápido, tecnicista, bom com os dois pés e com a cabeça com remate fácil.

“Sheva” iniciou a sua carreira profissional num dos grandes do seu país, o Dínamo de Kiev, onde tinha sido formado. Em 1994, com 18 anos, estreia-se pela equipa principal e pela selecção sub-21 do seu país. Compôs então nos 5 anos seguintes uma dupla de avançados muito temível com Robrov, seu conterrâneo, tendo a equipa russa chegado às meias-finais da Liga dos Campeões em 1998/99 muito graças ao “menino de ouro” (marcou 8 golos na Champions), isto já para não falar do penta campeonato e das duas Taças ucranianas conquistadas pelo Dínamo nessas 5 épocas. A transferência para um grande colosso europeu era inevitável e foi o AC Milan, poderoso clube italiano que despendeu 26 milhões de euros para adquirir aquele que na temporada transacta tinha conseguido o brilhante feito de ser o 3º melhor jogador do mundo apenas com 22 anos. Época de estreia: melhor marcador da Série A e terceiro lugar na atribuição da Bola de Ouro. Estavam desfeitas quaisquer dúvidas que podiam existir: o ponta-de-lança ucraniano era mesmo um excelente jogador. De entre os muitos golos que obteve com a camisola rossoneri ao peito podem destacar-se penalty da vitória contra a Juventus FC, na final da UEFA Champions League na época de 2002/03, o único golo com que o Milan derrotou o FC Porto na final da Supertaça Europeia em 2003, o hat-trick que deu ao Milan a vitória na SuperTaça italiana frente à Lazio. Em 2004 ganhava a Bola de Ouro, prémio atribuído pela revista francesa France Football, e sendo o terceiro jogador da sua nacionalidade a consegui-lo. Como momento negativo mais marcante da carreira de Shevchenko podemos salientar o penalty decisivo falhado na última final da Liga dos Campeões contra o Liverpool FC, que deu a vitória aos ingleses. Na selecção tem vindo desde 1995 a ser um dos mais importantes jogadores da selecção nacional e é desde há algum tempo a estrela mais reluzente da equipa da Ucrânia que, muito devido a Sheva, vai estar no Mundial 2006, o grande torneio que faltava ao currículo de Shevchenko. Só o Mundial da Alemanha o atirará para fora da competição.

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