quinta-feira, junho 01, 2006

Memória Atacante XXXI

Estávamos no dia 13 de Abril de 2005, quando a nossa SpicedBlond homenageou esse grande jogador que é Luís Figo, já aqui tínhamos recordado este magnifico post por altura do aniversário deste grande embaixador do desporto Português, desta vez recordamos o post no seguimento da rubrica memórias atacantes, que recordamos, está a relembrar cada um dos posts desta magnifica Senhora todas as quintas-feiras.

Esta viagem pela vida de Luís Figo vai ficar na história do Futebol de Ataque!
Obrigado Spicedblond!

O Eterno Idolo - Figo

Considerado um dos melhores jogadores portugueses da actualidade, Luís Figo protagonizou, em 2000, a transferência mais cara do futebol mundial ao mudar-se do Barcelona para o Real Madrid por um valor de 59 milhões de euros.

Longe vão os tempos em que se iniciou em 1984 no Pastilhas da Cova da Piedade, após ser descoberto por elementos da direcção do clube de Almada. Assim sendo é com orgulho que hoje falarei sobre um Português de sucesso.

Os primeiros passos no futebol
O actual presidente do Pastilhas, José Silva, recorda-se dos tempos em que descobriram Figo: «Nós tínhamos o hábito de nos deslocarmos aos ringues de futebol dos bairros próximos do clube e um dia descobrimos o Luís Figo, gostámos das suas qualidades futebolísticas e convidamo-lo a jogar no Pastilhas».


E foi assim que Figo começou a sua carreira no pastilhas, que desde cedo não se tornou fácil pois teve de superar as renitências da mãe, pois esta tinha medo que ele ficasse prejudicado nos estudos.


Figo era um miúdo humilde que não tinha vaidades por ser considerado o melhor jogador da equipa e não gostava de grandes confusões, após os jogos éra muito recatado e preferia ir para casa do que juntar-se á algazarra dos colegas.
Em 1985, com doze anos, fez a sua primeira transferência no futebol ao ingressar no Sporting Clube de Portugal, onde permaneceu até aos 22 anos. Durante o tempo que esteve nas camadas jovens dos leões, Figo apenas conquistou dois títulos na categoria de iniciados.


Em 1989, com 16 anos, o Figo fez parte da Selecção Nacional de sub-16, que alcançou o Campeonato da Europa (Dinamarca, 1989), e foi vice-campeão de sub-18, na Hungria em 1990.
Dois anos mais tarde, na selecção de Sub 20, orientada por Carlos Queiroz, ganhou o Campeonato do Mundo da competição, realizado em Portugal.
O internacional português tinha apenas 17 anos, quando se estreou no campeonato português ao serviço do Sporting, na época, orientado pelo técnico Raul Águas. No clube de Alvalade, Figo conquistou somente uma Taça de Portugal na temporada de 1994/95.

Do Sporting ao Barça

Em 1995, ainda ao serviço do Sporting, Figo assinou um contrato com a Juventus e com o Parma, ambos de Itália. Não podendo alinhar nos dois clubes, os clubes recorreram à UEFA para resolver o conflito., e a instituição europeia decidiu que o jogador português não poderia jogar em Itália durante dois anos, devido a ter rubricado um acordo com as duas formações, o que originou que Figo se transferisse para o Barcelona.
A direcção da equipa da Catalunha, estando informada sobre o litígio entre as formações italianas, desembolsou, na altura, 400 mil contos, para a contratação do português.


Chegado a Barcelona com 22 anos, recebeu o seu primeiro elogio do treinador do Barça «Figo é um belíssimo jogador», afirmava Joahn Cruyf, qualidades que o jogador provou em campo durante o tempo que permaneceu em Barcelona.
O técnico holandês atribuiu-lhe a camisola n.º 7, com a qual desenvolveu ao longo de cinco anos, o seu estilo de jogo forte no drible um-contra-um, com uma grande visão de jogo e sentido de equipa. Figo rapidamente conquistou a simpatia dos adeptos, fazendo esquecer antigas figuras do clube, tal como Michael Laudrup, Romário ou Hristo Stoichkov.
No Barça teve como treinadores, o holandês Johan Cruyff, o britânico Bobby Robson e o holandês Louis Van Gaal e o seu currículo foi preenchido com cinco anos de vitórias, tendo conquistado a Liga espanhola por duas vezes, (1998, 1999), a Taça do Rei, (1997, 1998) a Taça das Taças (1997) e a Supertaça Europeia (1998).


Durante o tempo que permaneceu em Barcelona, Figo tornou-se numa das maiores estrelas do futebol e recebeu por cinco vezes consecutivas o prémio de Futebolista do Ano pelo Clube Nacional de Imprensa Desportiva (CNID).
Na época de 1997/98, devido a uma lesão do seu companheiro de equipa Josep Guardiola, o técnico Louis Van Gaal atribuiu-lhe a braçadeira de capitão de equipa, que manteve até sair do clube.


O Real Madrid e a Glória

Após ser considerado como um símbolo em Barcelona, em Julho de 2000, Figo protagoniza mais uma transferência polémica no seu percurso futebolístico ao mudar-se para o Real Madrid, eterno rival do Barcelona, facto que, ainda hoje, os adeptos do Barça não conseguiram aceitar.


Considerado um dos três melhores jogadores do mundo pela FIFA, o jogador português propôs ao Barcelona um aumento salarial de acordo como o seu novo estatuto, mas a sua proposta foi recusada pela direcção da equipa catalã.. Assim nesse ano, após a realização de eleições no Real Madrid, o seu novo presidente, Florentino Pérez, contratou Figo como a primeira estrela do futebol, para a criação de uma nova super-equipa, constituída actualmente por jogadores como Zidane, Ronaldo, Beckham, Roberto Carlos e Raúl.


A contratação do futebolista lusitano bateu, na altura, o recorde do valor de transferências, ao mudar-se para o clube de Madrid por um valor de 12 milhões de contos na antiga moeda portuguesa, cerca de 59 milhões de euros, marca que foi posteriormente ultrapassada pelo francês Zinedine Zidane.
A partir dai, Figo tornou-se mal amado por uns e bem amado por outros, mas superou todas as críticas sobre a sua transferência, e continuou o seu percurso de glories.
Tal como aconteceu em Barcelona, Figo impôs em Madrid todo o seu talento futebolístico, numa equipa composta por alguns dos melhores jogadores mundiais da actualidade.
Com a camisola nº 10 ao serviço dos madrilenos, o médio já venceu o campeonato espanhol por duas vezes, em 2001 e 2003, a Liga dos Campeões em 2002 e a Taça Intercontinental, no mesmo ano.


Em Madrid, Figo é adorado pelos adeptos do clube devido ao seu estilo de jogo e a direcção do clube de Madrid considera-o como uma peça importante da equipa,.
Mas, a grande campanha do futebolista decorreu em 2000, durante a realização do Campeonato da Europa na Bélgica e na Holanda, onde português foi o motor da selecção das quinas, que praticou um dos estilos de jogo atacante mais apurados do torneio até chegar às meias-finais, na qual perdeu com a França.

Muitos chegaram mesmo a considerar que o internacional luso foi o melhor jogador do europeu de futebol, mas, a UEFA classificou-o como o segundo melhor da prova, a seguir ao francês Zinedine Zidane.


No mesmo ano, Zidane vence o prémio de Melhor Jogador do Ano da FIFA, contudo, a prestigiada revista francesa, France Football, considerou Figo como o melhor futebolista e atribuiu-lhe o Prémio “ Bola de Ouro”

Homenagens e Condecorações

Em Julho de 2000, o jornalista desportivo espanhol Toni Frieiros lança o livro com o título "Nascido para Vencer", onde é ralatado o percurso de Luís Figo.


A 22 de Março de 2001, o atleta recebe das mãos da primeira-dama portuguesa, Maria José Rita, o prémio "Personalidade do Ano de 2000", atribuído pela Associação de Imprensa Estrangeira em Portugal, por ter sido o português que mais contribuiu para divulgar o nome de Portugal no mundo no mesmo ano.
Após receber o prémio português, a 17 de Dezembro do mesmo ano, a FIFA considera-o finalmente como o melhor jogador do ano, tendo sido o primeiro futebolista do Real Madrid a alcançar este prémio, que existe desde 1991.



Golos e Encontros

Desde que iniciou a sua carreira profissional na equipa principal do Sporting, em 1989, Figo já realizou, ao todo, um número superior a 400 encontros pelos clubes que representou e quase 300 partidas na Liga espanhola, tendo marcado mais de 70 golos em todos eles e mais de 60 tentos em Espanha.
A 23 de Setembro de 2003, no encontro do Real Madrid frente ao Olympique de Marselha, Figo bateu mais um recorde ao conseguir ser o primeiro jogador português a atingir os 100 encontros nas competições europeias de clubes.

Na Seleção Nacional



Figo fez o seu primeiro jogo pela selecção nacional, a 12 de Outubro de 1991, num jogo particular frente ao Luxemburgo e marcou o seu primeiro golo no encontro entre Portugal e a Bulgária, decorrido a 11 de Novembro de 1992, para a fase de qualificação do Campeonato do Mundo de 1994.
O percurso de Figo na selecção foi notável e , a 15 de Outubro de 2003, pela primeira vez Figo põe a sua continuidade em causa, admitindo sair caso não fosse apresentado um projecto credível. Na altura, a equipa das quinas vivia uma situação de indefinição do novo seleccionador.


A 18 de Fevereiro de 2004, no encontro particular entre a Selecção Nacional e a Inglaterra, Figo realiza a sua centésima internacionalização, tornando-se no segundo jogador português com mais encontros efectuados ao serviço da equipa das quinas, a seguir ao recordista, Fernando Couto.
Em 2004 após o Segundo lugar no Europeu de Futebol, Figo diz adeus á Seleção.


Vida pessoal reservada

Fora dos relvados, Figo preserva a sua vida privada. Casado com Helen Swedin, a 30 de Junho de 2001, ambos cultivam uma imagem feliz, juntamente com Daniela e Martina filhas do casal, e evitam a intromissão na sua vida pessoal.



Marcas e Publicidade

Figo tem sido também a cara de muitas iniciativas publicitárias de empresas como a Coca-cola, Pepsi-Cola, Delta Cafés e Galp Energia, que têm associado a sua imagem ao atleta, que é considerado um símbolo de vitórias e que goza de um enorme prestígio junto do público.



A Dimensão Empresarial


Além de ser um atleta de sucesso no futebol, Figo é também um homem de negócios, tendo já aberto uma cadeia de lojas de roupas com a marca Guess quando actuava no Barcelona. Actualmente o jogador do Real Madrid é também co-proprietário de um bar em Vilamoura com o nome "Se7e Café", nome escolhido por o 7 ser o número da sua camisola na Selecção Nacional.


Tal como se tem verificado com muitos futebolistas, nos últimos anos, o jogador português é também um homem da moda e referência de sucesso, tendo em Março de 2001, juntamente com a sua esposa, feito parte da capa do número de estreia da revista "GQ", destinada ao público masculino que se interessa pela moda e pela sua imagem pessoal.


Para além dos negócios Figo é conheçido também pela sua faceta social e como tal, a 15 de Abril de 2002, numa cerimónia realizada no Centro Cultural de Belém, o jogador é nomeado embaixador do Comité Português para a Unicef.
Em Maio de 2003, Figo criou uma fundação com o seu nome sem fins lucrativos, que tem como objectivo contribuir financeiramente para a angariação de condições e oportunidades para as crianças e adolescentes em situações desprotegidas.


Na cerimónia de inauguração, decorrida no Estádio do Bessa, recebe mais um elogio pelas suas acções, desta vez, do presidente do Boavista, João Loureiro, que afirmou que a criação da fundação tinha sido o golo mais bonito que o internacional português alguma vez tinha marcado.



O Ídolo Figo

Ao longo dos anos, Luís Figo tornou-se numa das maiores vedetas do futebol a nível mundial, e a sua popularidade é tão grande em vários locais do globo que, em Abril de 2002, o então ministro da educação da África do Sul, Ignatius Jacobs, afirmou que o jogador era mais conhecido no seu país do que o próprio líder político.


O futebolista tem sido, ao longo dos anos, uma referência para os jovens futebolistas. Dois dos mais talentosos jovens jogadores portugueses da actualidade, Simão Sabrosa e Cristiano Ronaldo, afirmaram, no início das suas carreiras profissionais, que quando eram crianças, gostariam de ser como o Figo.


É para nós um orgulho ver Portugueses a singrar no Estrangeiro e a elevar a bandeira Portuguesa ao mais alto nível.

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