domingo, março 05, 2006

FC Porto Vs Nacional

Visão Portista

Depois de uma tarde onde o sol voltou a brilhar na cidade do Porto, só faltava mesmo um jogo rápido e bem jogado para fechar um dia muito bonito.
E foi exactamente isso que se viu no Dragão, um jogo rápido, bem disputado, com fair play e com várias ocasiões de golo (embora quase todas para o mesmo lado).

O FC Porto não contou com o pilar Paulo Assunção, e Adriaanse surpreendeu em escalar para o 11 titular, Cech para actuar no meio campo.
R Meireles recuou uma dezena de metros no terreno, desempenhando o papel de pivot (embora não tão defensivamente marcado como o faz Assunção), jogando Cech no centro do meio campo descaindo um pouco á esquerda, com Lucho mais á direita.
Por outro lado, Manuel Machado apresentou 3 centrais, Ávalos, Cardozo e R. Fernandes para taparem os caminhos para a baliza.

Temia-se que a pressão que se abateu sobre o FC Porto, após a derrota na Luz, pudesse ser um obstáculo difícil de ultrapassar, principalmente contra um adversário bem orientado e experiente.

No entanto, o Porto tornou o jogo fácil, e dominou do 1º ao último minuto.
Ivanildo e Quaresma procuraram mais assiduamente os cruzamentos para a área e penso que esteve aí a chave do sucesso do Porto.

Logo aos 4 minutos Benni McCarthy em posição duvidosa falha num remate de primeira, que proporcionou a Benaglia uma excelente defesa, e o início de uma fantástica exibição.
Nas bancadas os SuperDragões continuavam o seu protesto de silêncio, mas no campo a equipa galvanizava os adeptos e começava a deliciar os apreciadores de futebol, com boas combinações e jogadas bastante perigosas.
Aos 13 minutos o grande caso do jogo. Adriano em linha cabeceia para uma excelente defesa de Benaglia, e Lucho em posição regular marca golo, prontamente invalidado pelo árbitro. Má decisão, numa jogada de difícil ajuizamento.
2 minutos mais tarde Raul Meireles servido por Quaresma, obriga Benaglia a mais uma sensacional intervenção. O guarda redes do Nacional esteve muito bem.
Finalmente, esta superioridade clara do FC Porto é materializada em golo, num excelente passe de Adriano que rasga a defesa e isola Benni, que fuzila o guarda-redes forasteiro. Estava inaugurado o marcador.

Depois do golo, o Porto retraiu-se um pouco, aproveitando o Nacional com 1 ou 2 lances a causar calafrios á defesa Portista.
Mas é a fechar a 1ª parte, que Pepe finaliza da melhor forma um livre apontado por Raul Meireles. E que justiça foi este golo de Pepe, hoje mais 1 vez com uma exibição a roçar o “top class”.

Para a 2ª parte, Manuel Machado abdica de 1 dos 3 centrais, apostando em Emerson para o lado direito e Chilikov para 2º ponta de lança.
O Nacional durante os primeiros 5 minutos parecia entrar mais forte, causando alguma superioridade numérica nos lances ofensivos.

No entanto, aos 51 minutos num lance de insistência de Ivanildo, Lucho aparece sozinho na área a bater o guarda-redes adversário, obtendo o seu 9 golo no campeonato.

Apartir daqui o Nacional deixou de existir, e só deu FC Porto.
O Porto lançou 3 grandes pérolas que Adriaanse teima em deixar no banco: Lisandro, Ibson e Anderson, o prodígio brasileiro.
A verdade é que todos eles justificaram em campo mais oportunidades. Lisandro a jogar pelo lado direito foi um perigo constante. Ibson pautou com uma maestria fantástica o jogo do Porto. E Anderson de quem se espera um futuro maravilhoso, pautou o seu jogo pela simplicidade e inteligência.
Foi de Anderson a ultima grande oportunidade do FC Porto. O “miúdo” passou 2 adversários em finta, ganha com felicidade um ressalto e isola-se frente a Benaglio, mas mais uma vez o guarda-redes do Nacional mostrou-se gigante na baliza.

Até ao fim da partida, realce para 2 defesas de enorme qualidade de Baía, que foi muito acarinhado pelos adeptos Portistas. Pois é, os adeptos não esquecem todas as alegrias que este fabuloso guarda redes lhes proporcionou.

Assim, em termos gerais o Porto esmagou o Nacional, mostrando uma dinâmica ofensiva bem diferente daquilo que vinha sendo habitual. Muitos cruzamentos, muita diversidade de jogadas, muitos remates.
A vitória acaba por saber a escassa.



Notas positivas:

-Benni reencontrou-se com os golos e é bem merecido. Excelente exibição do Sul Africano.

-Lucho. A sua simplicidade e visão de jogo encantam qualquer adepto.

-Pepe, de promessa a certeza. Continua num nível absolutamente fantástico. Temos central!

-O árbitro Paulo Pereira teve uma exibição coerente. Anulou e mal um golo ao FC Porto, no entanto, a jogada era de difícil ajuizamento. Em termos disciplinares e na avaliação de algumas bolas na mão esteve francamente bem.


Notas negativas:

-Os 3 golos encaixados pelo Nacional. Uma equipa que não costuma sofrer golos fora de casa, acabou por encaixar 3 e tem de agradecer ao jovem Benaglio por não terem sido mais.

-A Claque SuperDragões. Continuam com o amuo, através do protesto de silêncio, e como se isso não bastasse, agora dedicam os primeiros 20 minutos a mostrar “Tarjas” críticas com treinador e dirigentes. Já era hora de apoiar o clube não?

Nota final:

Adriaanse, consegue finalmente uma vitória “gorda”. Espero sinceramente que depois da exibição dos 3 suplentes do Porto, que finalmente o Holandês entenda que tem no banco jogadores de enorme talento.

Parabéns ao FC Porto!


[Nelson Oliveira]

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Visão Nacionalista

Podemos dizer que este jogo acabou nos 3-0. Aliás se olharmos até essa altura podemos dizer que o resultado é muito pesado tendo em conta a produção do Nacional que trocava bem a bola, chegava até junto da área portista mas depois falhava nos cruzamentos ou no ultimo passe e quando isso não acontecia Baía estava lá a defender. Pelo contrário, ao Porto tudo saía bem e arrancou para uma boa exibição e quando é assim é dificil fazer melhor. Eu ate considero que o Nacional nem jogou mal, pelo menos ate ao 3-0.

Depois de sofrerem um golo no inicio da partida e numa altura em que os madeirenses começavam a mostrar um certo dominio e controlo de jogo, sofrem o segundo golo num momento-chave, que é o final da primeira parte. Na segunda parte, a mesma historia. O Nacional entra a matar cheio de vontade de mudar as coisas , Baia salva o golo do Nacional e logo depois sofremos o 3º golo e pronto, o jogo terminou ali.A partir daí o encontro tornou-se ainda mais aberto e houve algumas oportunidades para ambas as equipas mas os guarda-redes ou a falta de pontaria impediu que o marcador se alterasse. Ach que pelo menos para o golo de honra o Nacional fez por isso, mas o futebol é assim e Baia tambem esteve em tarde inspirada quando teve de intervir.

Quanto ao arbitro e seus assistentes , não gostei. Desastrados nas analises aos foras de jogo, prejudicando ambas as equipas. Quanto às bolas na mão/mãos na bola ja me cansei de escrever sobre isso no jogo contra o Guimarães. Em dois jogos houve 4 mãos na areas adversarias. É penalty? Não é penalty? Já nem sei.O que eu sei é que o Nacional já sofreu 3 penaltys esta época por lances deste tipo e ao contrário ainda não vi nada. Seria bom arranjarem um criterio para este tipo de lances duma vez por todas.


Referência final para a atitude de Miguelito (sacrificado na direita) que com o resultado em 1-0 e todo o corredor direito livre para poder se isolar com a velocidade que o caracteriza, atira a bola para fora para permitir a assistência a Quaresma que se encontrava prostado em dor no relvado.Fair play fica sempre bem.Quanto ao Nacional, não acredito que esteja em quebra, não se atrasou de maneira significativa das equipas que estão á frente e vai provar contra o Estrela que ainda está para as curvas. Seja como for, este não era um jogo do nosso campeonato. He he he (provocaçãozinha).

Viva o Nacional! Viva a Madeira!

[Tito Velosa]

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