terça-feira, abril 04, 2006
FCP 3 - Gil Vicente 0
No primeiro final de tarde de Primavera registado na “mui nobre, sempre leal e invita cidade” do Porto, digno desse nome, os jogadores apresentaram-se em esquema de passeio, como que apreciando o campo verdejante que lhes era apresentado. Se calhar é um pouco de exagero da minha parte, mas o jogo não foi nunca acutilante, não teve muita emoção, não foi rápido e não foi bonito de se ver. Tanto assim que o primeiro sinal de perigo foi protagonizado apenas aos 15 minutos e através de um pontapé na transformação de um livre por McCarthy. A espaços o FCP foi trabalhando para a vitória, e através de Mareck Cech, Alan e Quaresma foi chegando variadas vezes à área adversária, mas mais uma vez a espaços é que o perigo esteve iminente. De realçar na primeira parte o jogo extremamente duro por parte dos “gilistas”, a pouca movimentação dos jogadores do FCP para receber a bola e pô-la a jogar nos companheiros, a lesão do infortunado Paulo Jorge e um pénaltie que ficou por marcar sobre Quaresma. Ora, foi devido à lesão do guarda-redes do Gil que a primeira parte demorou o bastante para numa reposição rápida de bola pela linha lateral, numa recepção e entrega perfeitas de Quaresma, Mareck Cech mostrou, em grande estilo, que tem todo o valor para estar presente na equipa inicial do FCP. Como o golo estava conseguido numa fase óptima do jogo, a segunda parte começou enfadonha, sem brilho, e mais uma vez a espaços Quaresma e Raul Meireles iam tentando a sua sorte chutando à baliza. Durante o intervalo Adriaanse fez sair o homem mais apagado do FCP até então, e parecia que fazia entrar em campo aquilo que precisava ao meio campo, talento. Com a entrada de Jorginho o FCP passou do seu 3x3x4 habitual, para o 3x4x3 que se impunha, pois era notório que a transição para o ataque com jogadores que têm como missão prioritária defender estava debilitada. Puro engano, Jorginho entrou com vontade e com garra, dando continuidade ao jogo do passado Domingo, em que foi responsável pela viragem no jogo, fazendo mesmo o passe que daria golo, mas perdeu imensos passes e nunca foi capaz de se impor aos opositores. Com a saída de Cech, lesionado, a entrada de Ibson tornou-se fundamental para dar rapidez ao ataque, podendo dizer-se mesmo que este jogador é um suplente de luxo, já que neste esquema a concorrência não dá hipótese para que ele entre na equipa inicial. Quaresma continuava a fazer das suas e foi ele o responsável pela expulsão dos dois jogadores visitantes. O primeiro não digo tanto, mas o segundo jogador do Gil devia ter sido expulso directamente, face à violência da falta cometida. Sai Pedro Emanuel, Paulo Assunção é adaptado a central e Hugo Almeida entra em campo para acabar o jogo, sem que os companheiros lhe desse oportunidade efectiva de participar activamente no jogo.
Mais um lance polémico na área do Gil, desta feita Paulo Baptista decidiu marcar penaltie. Sinceramente, marcasse ou não marcasse dava-me igual, só tive pena que os mesmos lances não tivessem dado o mesmo desfecho noutros jogos…O terceiro golo surge de uma insistência de Ibson que sempre que entra não consegue jogar mal, acreditando até ao fim e já dentro da área com a parte exterior do pé, tira a bola do alcance do inspirado Jorge Baptista.
O resultado ficou feito, embora pudesse ter sido mais alargado, já que, por exemplo, Alan teve uma oportunidade em frente ao guarda-redes de Barcelos.
Resumindo e concluindo, o FCP conquistou uma mão cheia de vitórias consecutivas e todas sem golos sofridos, o que permite dizer e concluir até esta data, que este esquema está oleado e que não é pela defesa que o FCP compromete.
Positivo do jogo: A assistência. O golo de Cech e a axibição de Paulo Baptista.
Negativo do jogo: O jogo extremamente defensivo do Gil e extremamente duro.
Não foi um bom treino para o jogo da próxima semana, mas visto o jogo da taça, o FCP no Sábado só tem de melhorar a pontaria no ataque.
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