quinta-feira, junho 01, 2006

Grupo A - Costa Rica



Informações Gerais
Descoberta por Colombo em 1502 e independente desde 1821, a Costa Rica é um país de história democrática, e embora em breves trechos tenha passado por períodos conturbados com guerras civis e ditadura instituída, o país sempre se soube impor às contrariedades e aos interesses económicos instalados, quer no interior, quer no exterior.
O presidente do país governa ao lado de dois vice-presidentes, todos eleitos por voto popular a cada quatro anos e não possui, segundo a sua constituição, exército, sendo a ordem mantida pela guarda civil e um corpo de guardas rurais no interior.
Situada na América Central, possui um clima tropical e apresenta uma fauna e flora extremamente variadas, sendo que os parques naturais, as praias e os vulcões activos são os seus atractivos principais.
A economia tem vindo a estabilizar, fruto das suas actividades principais e exportações, mas o desemprego está perto dos 7% com um inflação anual de 13,8%. A moeda é o Colón e cerca de 600 equivalem a um euro. A população ronda os quatro milhões e cem mil habitantes e é maioritariamente católica. A sua capital é San José.

Apuramento
Os “Ticos” chegam a este segundo mundial, num registo histórico de duas presenças consecutivas, depois de conseguir passar à fase de grupos através de desempate por golos marcados fora contra Cuba, e depois de um período mau com duas derrotas e um empate com as outras equipas apuradas pela CONCACAF, levando mesmo à demissão do técnico, Jorge Luís Pinto. Alexandre Guimarães pegou na equipa e revolucionou-a, conseguindo vitórias importantes em casa e fora, nomeadamente frente aos vizinhos Guatemala e Panamá, Trinidad e Tobago e Estados Unidos.
Os “Ticos” contam com uma fraca prestação em mundiais, quer em resultados, quer em presenças, sendo de registar as participações em Itália 1990 e Estados Unidos e Coreia - Japão.

O Treinador

Alexandre Guimarães nasceu no Brasil, mais concretamente em Maceió, tem 46 anos, mas está no país que o acolheu desde os 12 anos, quando a benevolência do seu pai, médico, o fez emigrar pela OMS para aquele destino para ajudar contra a epidemia da malária. Adquiriu a nacionalidade costa-riquenha e representou mesmo a equipa nacional no mundial de 1990. Fez a sua carreira como jogador no Deportivo Saprissa, mas a de treinador levou-o a começar pelo Belen e Herediano, antes de regressar ao clube que o formou para o futebol. Chegou à selecção em 2000, mudou-se depois para a liga mexicana até chegar a seleccionador novamente em 2005, a meio da fase de apuramento.



Guarda-redes:
1. Álvaro MESEN, 34 anos, CS Herediano – Costa Rica
18. José PORRAS, 36 anos, Dep. Saprissa – Costa Rica
23. Wardy ALFARO, 29 anos, LD Alajuelense – Costa Rica
Defesas:
2. Jervis DRUMMOND, 29 anos, Dep.Saprissa – Costa Rica
3. Luis MARIN, 31 anos, LD Alajuelense – Costa Rica
4. Michael UMANA, 24 anos, Brujas – Costa Rica
5. Gilberto MARTINEZ, 26 anos, Brescia - Itália
12. Leonardo GONZALEZ, 26 anos, CS Herediano – Costa Rica
15. Harold WALLACE, 30 anos, LD Alajuelense – Costa Rica
17. Gabriel BADILLA, 22 anos, Dep. Saprissa – Costa Rica
22. Michael RODRIGUEZ, 24 anos, LD Alajuelense – Costa Rica
Médios:
6. Danny FONSECA, 26 anos, Cartaginês – Costa Rica
7. Christian BOLANOS, 22 anos, Dep Saprissa – Costa Rica
8. Maurício SOLIS, 34 anos, Comunicaciones – Guatemala
10. Walter CENTENO, 31 anos, Dep. Saprissa – Costa Rica
14. Randall AZOFEIFA, 22 anos, Dep. Saprissa – Costa Rica
16. Carlos HERNANDEZ, LD Alajaluense – Costa Rica
20. Douglas SEQUEIRA, 28 anos, Real State Lake – Estados Unidos
Avançados:
9. Paulo WANCHOPE, 30 anos, CS HErediano – Costa Rica
11. Ronald GOMEZ, 31 anos, Dep. Saprissa – Costa Rica
13. Kurt BERNARD, 29 anos, Puntarenas – Costa Rica
19. Álvaro SABORIO, 24 anos, Dep. Saprissa, – Costa Rica
20. Victor NUNEZ, 26 anos, Cartaginês, – Costa Rica





Paulo César Wanchope Watson começou a sua carreira pelo basquetebol, tendo estado inclusivamente na selecção juvenil do seu país e até nos Estados Unidos, no Vincent Memorial Collage of Califórnia. Ao regressar à Costa Rica, viu-se dividido entre o futebol e o basquetebol, as suas paixões. A sua decisão pelo futebol foi tomada definitivamente depois de ser convocado, aos 18 anos, para a selecção juvenil do seu país, fruto do seu talento ao serviço do Club Sport Herediano. A sua primeira presença ao maior nível foi no campeonato do mundo do Qatar em 1995, representando o seu país na selecção Sub-20. Um ano mais tarde integrou a selecção pré - olímpica de Sub-23.
Com a estreia pelo Club Sport Herediano em 26 de Setembro de 1994, o seu clube do coração consegui-o segurar por apenas 3 épocas, completando 67 jogos e marcando 20 golos, transferindo-se de seguida para o exigente futebol inglês e para o Derby County, onde permaneceu 3 anos também. Esta foi a entrada de Wanchope na Europa, onde recorda um monumental golo em pleno Old Trafford e contra o gigante Peter Schmeichel. Pelo Derby County realizou 83 jogos e marcou 28 golos. De seguida rumou por uma temporada ao West Ham United, onde realizou 46 jogos, marcou 15 golos e mostrou-o ao resto da Europa através da disputa da taça Uefa. Rumou de seguida ao Manchester City em 2000, onde permaneceu 4 épocas, notabilizando-se ainda mais no pais de sua majestade, se bem que o infortúnio bateu-lhe à porta em forma de lesões. Um ombro deslocado e uma operação ao joelho fragilizaram a sua posição na equipa de Kevin Keegan, bem como a sua prestação no futuro. Esteve no clube de 2000 a 2004, realizou 72 partidas e marcou 25 golos. Segue então a sua marcha e em Agosto de 2004 chega ao Málaga para depois regressar ao seu pais e ao seu clube de origem.
Com o final de carreira anunciado para depois do mundial, Wanchope conta com 59 internacionalizações, 40 golos pela selecção e 1 golo num mundial. É tido como o jogador mais representativo do futebol do seu país e admirado por todos.
A acompanhar de perto a prestação e o talento de Walter Centeno.



A selecção da Costa Rica tem como objectivo assumido repetir a prestação do Itália 90, ou seja, passar a fase de grupos. Por estar no grupo da Alemanha, Polónia e Equador, esta pretensão pode não ser totalmente descabida, até porque no mundial passado apenas perdeu com o Brasil. Contudo, as dificuldades são imensas e todos os jogadores e membros da equipa técnica sabem-no, ao ponto de assumir que só com a focalização no objectivo, o esforço e a dedicação poderaõ dar uma alegria a todos os costa – riquenhos, até porque nos jogos de preparação contam com outras tantas derrotas, a uma delas bem pesada, contra a Ucrânia.

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